Grupos Participantes
No passado dia 27 de Julho de 2019, o Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande organizou o seu XXXVIII Festival Internacional de Folclore - Vila Nova de Sande 2019.
Em 2019, Vila Nova de Sande voltou a ser o palco do país e do mundo, numa noite onde a magia da partilha cultural voltou a proporcionar ao público presente, um magnífico espectáculo audiovisual.
Sendo apontado, nos últimos anos, como um dos melhores eventos culturais de Guimarães, o XXXVIII Festival Internacional de Folclore - Vila Nova de Sande 2019 contou com as seguintes participações nacionais:
- Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande – Guimarães (anfitrião e organizador)
O Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande – Guimarães foi fundado em 05 de Junho de 1978, sendo um dos grupos do concelho de Guimarães mais consagrados, pela forma simples e fiel com que retrata o passado, os seus usos e costumes, ou seja as suas tradições, fazendo-o sempre com o máximo respeito pelas mesmas.
É um grupo que investiu bastante na recolha de factos relacionados com as vivências do povo de Vila Nova de Sande, registando-os e preservando-os de forma a que hoje possa divulgá-los pelo País e no Estrangeiro.
Tem pugnado pelo Folclore de raíz da sua região, quer nos trajes, nas danças, nos cantares e nas músicas, tendo-se afirmado como um dos verdadeiros intérpretes do Folclore da região do Baixo Minho.
Percorreu o País de Norte a Sul, actuando nos melhores Festivais levados a cabo a nível nacional, como por exemplo o Festival Nacional de Folclore do Algarve em 1986 e em 1996, actuando também na bela ilha da Madeira, e na ilha de Santa Maria, nos Açores; no estrangeiro teve oportunidade de actuar em vários países, como por exemplo Espanha (Barcelona e Galiza), França (Norte e Centro), Mónaco, Viena Áustria, Alemanha (Dortmund), Hungria (Debrecen) e Brasil (Várias cidades do Rio Grande do Sul).
Organiza anualmente um Festival Internacional de Folclore e participou em diversas exposições de trajes a nível nacional.
Os trajes que retrata são: noivos, luxo, domingueiro, namorados, feira, leiteira e ainda de trabalho erva e linho.
É membro efectivo da Federação do Folclore Português e da Associação de Folclore e Etnografia de Guimarães e está inscrito no Inatel.
Efectuou várias gravações e actuações para a RTP1, RTP Internacional, Rádio e Televisão dos Países Baixos, Televisão Húngara e Televisão RGS Brasil.
- Rancho Folclórico da Fajarda – Coruche
Tal como no resto do
Concelho de Coruche, os antigos Fajardenses, gostavam de dar largas à sua
alegria tão intrinsecamente Ribatejana, dançando e cantando modas do seu
folclore. Esta forma de cultivar as tradições esteve na origem do primeiro
Grupo Folclórico da Fajarda, que surgiu em 1954, em colaboração com a Casa do
Povo de Coruche. Este agrupamento permaneceu em actividade até onze anos
depois.
Em 1979 alguns Fajardenses, amantes da sua
terra, motivados pelo desejo de promover e valorizar as tradições locais,
revolveram baús, ouviram pessoas idosas apoiaram-se nas pesquisas mais válidas
de 1954 e constituíram um novo agrupamento Folclórico, que é o actual Rancho
Folclórico da Fajarda.
Tendo por objectivo a promoção e
valorização das tradições locais, o Rancho Folclórico da Fajarda - Coruche é um
grupo que, a par de outras iniciativas, promove a divulgação do Folclore e
Etnografia da sua região essencialmente caracterizada pela paisagem do Vale do
Sorraia.
É membro efectivo da FEDERAÇÃO DO
FOLCLORE PORTUGUÊS desde 1996 e está inscrito no I.N.A.T.E.L.
As suas músicas, danças, cantares e
trajes, datam do início do século XX, até à década de 40. Os nossos trajes por
si só, constituem um espólio Patrimonial de grande valor e ao mesmo tempo
ajudam-nos a perceber a razão de ser da nossa identidade. É sempre com o maior
orgulho que apresentamos o nosso Folclore, cheio de cor e de vida, próprio do
VALE DO SORRAIA, REGIÃO DO RIBATEJO.
- Grupo Folclórico Os Camponeses de Vila Nova – Cernache, Coimbra
Fundado em 15 de Agosto de 1982 O GRUPO
FOLCLÓRICO “ OS CAMPONESES DE VILA NOVA DE CERNACHE” COIMBRA, visa trazer para
os nossos dias o passado de uma freguesia a quem D. Manuel deu o foral em 1514.
O Grupo é filiado na Federação do Folclore
Português, é considerado de grande interesse Folclórico pelo Pelouro da Cultura
da Camara Municipal de Coimbra, e faz parte dos grupos inscritos na
AFERM-Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego.
Com várias atuações no País e no Estrangeiro, o
Grupo tem valorizado o seu trabalho organizando manifestações de cunho
Cultural, em que se destacam o Cantar das Janeiras e Reis, Deitar as Pulhas,
Novena á Senhora do Livramento, Jornadas de Gastronomia. Mas é na tradicional
FEIRA DAS CEBOLAS que todos os anos organiza na Praça do Comercio em Coimbra em
que o Grupo mostra toda a vocação para manter atual a frase de que “ CADA VELHO
E ANALFABETO QUE MORRE É UM LIVRO QUEIMADO” tudo fazendo para que mais nenhum
“VELHO LIVRO” desapareça sem ter sido lido e relido por todos nós.
- Rancho Folclórico de Canelas – Vila Nova de Gaia
S. João Baptista de Canelas situa-se no
concelho de V. N. de Gaia, a pouca distância da cidade do Porto, Região do
Douro Litoral.
Quase
milenária, com grandes tradições, ligada sobretudo, à agricultura, à exploração
da pedra e ao artesanato, CANELAS tem-se transformado, nas últimas décadas, num
grande centro urbano e industrial. Estas transformações provocam riscos do
desaparecimento de costumes tradicionais e populares o que era fundamental
preservar.
Com
este objectivo foi fundado, em 5 de Maio de 1980, o RANCHO FOLCLÓRICO DE
CANELAS para defender, preservar e transmitir aos vindouros o património
cultural dos nossos antepassados.
Pretendendo-se
assim, manter vivas as tradições da região, designadamente os cantigas, danças,
músicas e trajos, promovendo festas e festivais de folclore; reconstituições de
cantigas ao desafio, cantares das boas-festas, janeiras, rusgas, “ cegadas” de
Carnaval ( teatro e baile de rua), jogos tradicionais e de trabalhos
antiquíssimos como as colheitas, malhadas e desfolhadas do milho.
O
RANCHO FOLCLÓRICO DE CANELAS é Membro Efectivo da Federação do Folclore
Português, é constituído por 55 elementos e tem desenvolvido uma intensa
actividade do norte a sul do nosso País,(Açores) e noutras regiões de países da
comunidade europeia, nomeadamente, França e Espanha. Participou em festivais
nacionais e internacionais, festas, romarias, exposições de trajos e outras
realizações de natureza cultural e recreativa.
Para
além do seu variado repertório o Rancho usa trajes que são cópias do fim do
século XIX e princípios do século XX. Representa figuras típicas tais como:
Noivos, Lavradeiras e Lavradores ricos, Remediados, Romeiros, Leiteira,
Lavradeira, Pedreiro, Feirante, Serandeiro e Trabalhadores do campo.
- Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado – Trofa
Santiago de Bougado terra rica em etnografia e foclore.
No Dia de S. Martinho, 11 de Novembro de 2005, um grupo de Bougadenses, junta-se algures dentro de portas, castanhas e jeropiga fazem as honras da noite, julgando interpretar a historia, a concertina acompanhou, e ouve-se os primeiros acordes ao fundo,(um coração contente é um festim permanente). Era um bulício alegre de quem gostava de esquecer os dias da semana de trabalho e formasse ali o RANCHO ETNOGRÁFICO DE SANTIAGO DE BOUGADO.
Santiago de Bougado faz parte da Cidade e do Concelho da Trofa. Situa-se na margem esquerda do Rio Ave, pertence ao Distrito do Porto e ao Douro Litoral.
Santiago de Bougado é terra de gente alegre, outros tempos não passava tarde de Domingo em que a harmonica, violão, viola, cavaquinho e ferrinhos, não libertassem os sons musicais do malhão, vira, regadinho, chula etc.
Era na Trofa Velha, era em Lantemil, era na Samogueira ou na Barca, a juventude pulava cantava e dançava à procura do que a vida tem de bom (só que o futuro não dá nunca como promete).
Assim nós lançamos a semente à terra. Enquanto esta germinava, outros foram fazer recolhas e pesquisas de trajes, cantares e danças. Pretende assim o Rancho Etnográfico representar o princípio do século XX, para levar de terra em terra as recordações dos usos e costumes dos nossos antepassados.
Já com a direcção formada e eleita, inscrevemo-nos na Federação de Foclore Português como sócio aderente e no Inatel.
Realizamos o nosso Festival de Foclore todos os anos.
O grupo é composto por 45 elementos que trajam os mais diversos trajes: Lavrador Rico, Domingar, Romaria, Feira, Trabalho, Noivos e Ver a Deus.
A tocata é composta por concertinas, violão, viola braguesa, cavaquinhos, reco-reco, bombo e ferrinhos.
A partir daqui o Rancho ganha forma e promete dar os seus frutos.
E ainda com a participação de 2 grupos estrangeiros. Uma representação da Sérvia e outra do Brasil:
- Ensemble of Folk Dances and Songs “Branko Radicevic” Ruma - SÉRVIA
Este grupo de Danças e Cantos Folclóricos mantém a tradição
do folclore e do canto do povo sérvio e das minorias há mais de quarenta e
cinco anos. O grupo performativo reúne alunos do ensino médio e estudantes
universitários.
O conjunto de danças folclóricas e canções
"BrankoRadičević" foi fundado em Ruma em 1969 e tem sido bem sucedido
no trabalho amador desde então. Durante as últimas cinco décadas, a sua tarefa
tem sido atuar entre jovens, crianças e estudantes, bem como com adultos que
demonstraram interesse em atividades culturais amadoras, tradição, costumes e
herança folclórica.
Atualmente, o conjunto é composto por oito grupos, seis
dos quais são escolas de folclore, o conjunto de execução e a orquestra
folclórica. Têm mais de 250 membros que trabalham nas respetivas seções. O
objetivo do grupo é apresentar aos jovens a riqueza da herança cultural e
desenvolver afeição pela tradição através de apresentações culturais.
As performances são caracterizadas pela cor, autenticidade e
diversidade de trajes para que cada uma de coreografias tenha
trajes diferentes. Um grande número de fantasias tem valor de museu, enquanto
algumas foram redesenhadas para se parecerem com originais. Em várias ocasiões
o conjunto foi premiado pela mais bela fantasia tanto em festivais
nacionais como internacionais.
Quando se trata de coreografia, o repertório inclui danças
de todo o nosso país, bem como de antigas repúblicas da Jugoslávia. Cada
coreografia é acompanhada por músicas adoráveis, cantadas por vocais masculinos
e femininos.
Toda a impressão de trajes e músicas é enriquecida pela orquestra folclórica com todos os instrumentos musicais tradicionais
(gaitas de foles, flautas ...).
O grupo recebeu prémios em festivais nacionais e internacionais.
Eles incluem 4 medalhas de ouro, 13 de prata e 4 de bronze ganhas em festivais da província, juntamente com prémios para o melhor canto, para melhor coreografia, o melhor solista, a roupa mais autêntica, a melhor orquestra etc.
O grupo participou em inúmeros festivais internacionais e
sempre se apresentou com sucesso. Nos últimos cinco anos, visitaram a Polónia
(2018), Creta (2017), Sicília (2016), Rússia (2015), Sardenha (2014), Grécia
(2013), Bulgária (2011), Hungria (2010), Bulgária ( 2009), República de Srpska
(2008), Roménia (2007), Grécia (2007), Macedónia (2003), Tunísia (2002),
Roménia (2000), etc.
- Grupo Folclórico Aruanda – BRASIL
O Grupo Aruanda é um dos maiores representantes da cultura parafolclórica
do Brasil, dedicando-se a pesquisar, preservar e divulgar as danças e os cantos
folclóricos nacionais. Em atividade desde 1960 o Grupo recebeu as maiores honrarias
destinado a uma entidade cultural além dos aplausos do público e da crítica
especializada e acumulou números
impressionantes. É reconhecido no Brasil e
no exterior pelo seu trabalho e também por possuir um “guarda-roupa” considerado dos mais belos, extensos e variado.
Possui um representativo acervo de mais de
100 danças pesquisadas em todas as regiões, mais de 5 toneladas de
figurinos e adereços, mais de 3.000 espetáculos realizados no Brasil e no
exterior, o que qualifica o Grupo a ser referência nacional em manifestações
populares não só de Minas Gerais, mas de todas as regiões do país.
Reconhecido de Utilidade Pública pelas leis Estadual
5.762/72 e Municipal 1.892/70, o Grupo Aruanda tem ainda uma característica que
o diferencia da maioria dos outros grupos parafolclóricos: executa as danças e
os cantos mineiros, mas interpreta com igual propriedade as danças típicas de
todas as regiões do país, revelando o grande painel da diversidade cultural
brasileira.
O
Aruanda, que atualmente conta com 60 integrantes, é formado por jovens
estudantes, professores, bailarinos, profissionais liberais de diversas áreas,
entre outros, interessados nas manifestações folclóricas do nosso país, todos “Voluntários da Cultura”. O Grupo vem se apresentando em teatros, ginásios, praças, escolas e
festivais nacionais e internacionais de folclore, representando Minas Gerais e
o Brasil e transformando-se em
legítimo embaixador da cultura brasileira e, sobretudo, da cultura mineira,
papel que vem desempenhando com responsabilidade, civismo e sucesso ao longo
das últimas quase cinco décadas.
Mais uma prova do reconhecimento pela qualidade e seriedade do
trabalho realizado pelo Grupo Aruanda é ser Ponto de Cultura, ação do
Ministério da Cultura (MinC) que articula todas as demais ações do Programa
Cultura Viva. São iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil que, por meio
de seleção por editais públicos, firmam convênio com o MinC e ficam
responsáveis por promover o intercâmbio entre as linguagens artísticas e dar
visibilidade às iniciativas socioculturais que têm lugar nos quatro cantos do
Brasil.
Empenhado em contribuir para o desenvolvimento e valorização da
indústria cultural e turística da nossa cidade e do nosso estado, o Grupo Aruanda é um dos mantenedores do
Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, fundação de direito
privado, sem fins lucrativos, que busca o desenvolvimento da indústria do
turismo através da captação e estímulo à criação de novos eventos e destinos
turísticos, que valorizam as vocações da cidade e de seu entorno.
E também filiado a
instituições internacionais como CID-UNESCO, Conselho
Internacional de Dança, organização oficial que congrega todas as formas de
dança em todos os países do mundo. Ao CIOFF - Conselho Internacional das
Organizações de Festivais de Folclore, uma organização não governamental, sem
fins lucrativos, que mantém relações formais
de consulta com a UNESCO e realiza mostras de artes
tradicionais em mais de 250 festivais internacionais de folclore em todo o
mundo.
Além de sua atuação na área cultural, o Aruanda também se preocupa em
contribuir para a melhoria da realidade social brasileira. Sintonizado com os
preceitos da arte-educação, transmite os conhecimentos teóricos e práticos sobre a cultura de cada
região do Brasil através de oficinas
de folclore, dança, adereços e de percussão para educadores, estudantes,
crianças e adolescentes em situação de risco, ou mesmo para idosos e mulheres
abandonadas ou vítimas de violência familiar. Desta forma, contribui continuamente para a
inclusão social, a construção da cidadania e a preservação da cultura e
identidade nacionais elevando a
auto-estima e promovendo a reinserção social de todos os atendidos.
O Aruanda
acredita que um cidadão completo é aquele que não só cumpre seus deveres
perante a sociedade, mas aquele que conhece suas raízes e busca preservar suas
origens e passar esses conhecimentos à frente.
Durante as comemorações de seus 50 anos de
atividades e em reconhecimento pela importância de seu trabalho, o Grupo
Aruanda recebeu as mais importantes honrarias concedidas a
uma instituição cultural, como a Ordem do Mérito Cultural 2010, a Ordem do
Mérito Legislativo 2010, o Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal 2010 e
a Medalha de Honra da Inconfidência 2011.
_______________________________________________________________________________
Comentários
Enviar um comentário